Capitulo 2 - a caminho de amudad pt 1
- Vitor Rodrigues
- 8 de jan. de 2019
- 6 min de leitura
Atualizado: 10 de jan. de 2019
CAPITULO 2 – A caminho de amudad pt 1
Depois de sair da multidão e seguir por um labirinto de caminhos, jidé chegou a sua casa, se é que possamos chamar de casa, a estrutura era como uma mansão gigante, depenada e caindo aos pedaços, a única parte inteira da estrutura era o hall de entrada onde havia uma grande mesa, jidé passou direto pelo hall seguindo para a parte traseira da casa onde havia um alçapão que levava ao subterrâneo, descendo as escadas chegava a uma grande porta de ferro negra, jidé colocou a mão em um escâner ao lado e a grande porta se abriu, dentro havia um grande salão iluminado, as paredes pretas que pareciam espelhos, havia duas salas, uma delas era o quarto dele e a outra uma biblioteca deixada pelo pai, ele entrou direto na biblioteca e abriu um arquivo de 30 paginas com o nome de “a radiação e como ela modificou o corpo humano após o pandemônio” por didé shiskof, era um estudo de seu pai, ele estudava as influências da radiação no corpo humano, boas ou ruins, era um dos grandes pesquisadores da época do pós-pandemônio.
Jidé sempre lia os livros de seu pai, talvez assim o fizesse ficar mais perto dele, ele não tinha mãe que morreu por uma doença desconhecia 1 mês após o seu nascimento, seu pai se virou para criar e ele sempre foi grato, deixando os documentos de lado ele colocou os dedos nos olhos, pensando em algo, se levantou e foi ate o quarto dormir.
Ja era de manha quando ele acordou;
-Que dor de cabeça – ele resmungou se levantando;
Faltava 1 dia para ele se apresentar para ir a escola, e ele não estava nem um pouco ansioso, ele foi ate a geladeira e achou uma barra de cereal, engoliu e saiu para o andar superior para fazer seus exercícios matinais, depois ele voltaria para casa e leria mais documentos, assim foi seu dia.
No dia para se apresentar ele levantou mais cedo que o habitual, lavou o rosto e olhou para o cabelo branco como a neve, a única lembrança de sua mãe, colocou seu traje que foi deixado pelo pai, um traje preto, que se ajustava perfeitamente ao seu corpo, tinha um capuz, subiu e foi em direção ao prédio da capital.
Chegando la ele se deparou com um grupo de jovens e pais, conversando e tagarelando felizes por seus filhos terem sido escolhidos, quando perceberam sua presença lhe deram um olhar talvez de desprezo, talvez de pena, ele não ligava, passou por todos e ficou em um canto isolado debaixo de uma árvore e fechou os olhos enquanto aguardava os oficiais chegarem, não demorou muito para isso, 10 minutos depois houve uma comoção na entrada e uma fileira de oficiais fardados de vermelho apareceram diante de todos, incluindo a mulher que fez o teste físico, um deles deu um passo adiante, era um homem de cabelos e olhos negros, alto e forte,ele deu mais um passo ate o microfone e falou:
- Obrigado a todos que vieram, Eu sou o sargento das tropas de aliha, briam, nós estamos dando um grande passo para nosso desenvolvimento, a escola que unirá os jovens das duas cidades apesar de nossas diferenças já descritas na historia, vocês foram os melhores de toda a cidade de aluh, e tivemos ate gratas surpresas durante os testes - disse ele olhando para a multidão e parando em um jovem em particular de cabelos brancos , somente uma pessoa notou o alvo do olhar – hoje nos vamos em uma viajem de 3 dias para o território que fica no meio entre as cidade de edeh e aluh, que antes era uma ruína da uma das cidades antes do pandemônio, durante o caminho nos iremos realizar mais alguns testes para saber um pouco mais sobre vocês, sairemos em 20 minutos, se despeçam de seus familiares – concluiu ele – ah sim, quase ia me esquecendo, quem de vocês é jidé shiskof? - terminando de falar , jidé abriu os olhos e se levantou, chamando toda a atenção para ele – venha comigo – concluiu briam se retirando com o resto dos oficiais .
Seguindo pelo corredor atrás dos oficiais, jidé se viu perguntando o por que de chamar ele , só se o motivo fosse pelos testes físicos ele pensou, enquanto pensava sobre o motivo ele não percebeu que todos haviam parado de andar e olhavam para ele, ele olhou em volta e perguntou:
- O que foi?
- Para alguém que quase chegou ao nivel 5 no teste físico você me parece um pouco magro – briam foi quem abriu a boca para falar - esses mesmos testes são usados para treinarem os novos cadetes para as tropas de exploração da fronteira, e você teve um resultado melhor que o meu – argumentou olhando jidé de cima a baixo, depois entrou na sala e o chamou – venha.
- você sabe que ter sobrenome é algo bem raro hoje em dia, após o pandemônio muitas famílias sumiram, e para fortalecer a unidade que era antes da cidade ser construída todos se absterão de ter sobrenome, com algumas ressalvas claro, ter sobrenome é para quem teve uma grande realização na cidade, como seu pai por exemplo, grande homem, uma pena..uma pena – disse briam, mais como um monologo do que uma conversa – vejo que puxou o seu pai, eu era 2 anos mais novo que ele, mas nos dávamos muito bem, eu sei que você deve ter perguntas, no caminho a amudad podemos falar mais, como você tem uma observação eu devo priorizar sua segurança, então lhe daremos uma arma que estamos trabalhando para o pelotão de especialista de caça da fronteira – disse ele ao dar ao que parecia ser um pedaço de barra – não julgue pela aparência, como devemos ter mais espaços para passar as noites na floresta estamos desenvolvendo o uso de arma portáteis, veja aperte esse botão azul no meio – disse briam enquanto se afastava um pouco;
Jidé olhou por alguns momentos a barra, e apertou o botão, ela fez um som “siiiiiis” e se alongou em um instante, abrindo ao que parecia ser duas laminas em sua lateral, parecida com uma junção de picareta com uma foice, ele sentiu a arma um pouco, era mais leve do que imaginava, girou no ar e se arriscou a dar um golpe,e sem querer apertou um botão branco que estava ao lado do azul, a arma fez um barulho de bala saindo e ele foi quase jogado para trás com o impulso;
- mas o que??!- exclamou olhando para a parede a sua frente que tira agora um buraco de 1 centímetro;
- esqueci de avisar que ela também solta balas de pressão de ar, são bem letais, tome cuidado como você pode ver – disse briam dando uma risadinha como se estivesse orgulhoso por surpreender o garoto – finalmente você mostrou reação a algo, já estava imaginando que você era realmente um menino de gelo como dizem
Jidé olhou para ele e logo voltou a sua cara sem expressão habitual, apertou o botão azul novamente e a arma voltou a aparecer uma barra de ferro, ele ficou maravilhado com a engenhoca que estava na sua mão, ele já sabia que aluh era uma cidade que havia feitos grandes descobertas em relação a armas já que quase sempre estavam caçando e tiveram que sobreviver após o pandemônio e os ricos de edeh os deixaram sós.
- Bom vamos indo, já deu os 20 minutos – disse briam acordando jidé de seu desvaneio
-Nos vamos a pé ou de comboio ? - perguntou jidé olhando pela janela
-Nenhum – responde – nós vamos com aquilo – disse apontando para o céu
Jidé olhou pra cima e viu uma enorme massa cinzenta flutuando sobre a praça, era um dirigível, raramente ele via e só havia no máximo 5 em toda a cidade de aluh, era uma das máquinas vindas de edeh, de uso restrito aos governantes, diziam que precisava de pelo menos 3 autorizações dos 5 governadores para usá-lo
- eu sempre quis voar – disse jidé um pouco mais emocionado do que costuma ser – quem sabe eu chegaria mais perto deles – disse quase como um sussurro, e começou a sair da sala em direção a praça.


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